IPCA 2024: acompanhe a inflação mensal e acumulada no ano
24/09/2024

IPCA 2024: acompanhe a inflação mensal e acumulada no ano

Confira a inflação medida pelo IPCA mês a mês, entenda como ela tem evoluído e qual é a sua projeção para o ano.

Você sabe o que é a inflação e como ela afeta o seu bolso? Ela representa o aumento de preços ao longo do tempo e, no Brasil, é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). De forma prática, a inflação significa que ter R$100,00 na carteira hoje permite comprar menos produtos do que há um ano.

A oscilação de preços é natural em economias saudáveis, mas a inflação descontrolada reduz o poder de compra e gera incertezas para a economia, os cidadãos, pessoas e empresas interessadas em investir no país. Acompanhar o IPCA é, assim, crucial para entender e se preparar para os efeitos da inflação no cotidiano.

O que é o IPCA e como ele é calculado. Entenda, também, o IGP-M e o IPCA–15

O cálculo da inflação leva em conta a variação média dos preços de uma determinada cesta de produtos em determinado período. Além do IPCA, diversos índices medem a inflação no Brasil, como o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) e cada um deles considera uma cesta diferente em suas análises.

O IPCA é o índice de inflação oficial do governo federal. Ele é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e mede o custo de produtos e serviços relevantes para famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos. 

A cesta usada no cálculo do IPCA reflete os hábitos de consumo relacionados à alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação. Apurado mensalmente, o IPCA considera a média de aumento nos preços, mas nem todos os itens têm a mesma evolução e nem todos os brasileiros sentem a inflação da mesma forma. Entenda os impactos da inflação para cada perfil de consumidor.

Já o IGP-M é calculado pela Fundação Getúlio Vargas e é formado por três índices que medem os preços por atacado (IPA-M), ao consumidor (IPC-M), e de construção (INCC). O IGP-M costuma ser usado para balizar reajustes de aluguel, planos de saúde e tarifas públicas. O IPCA-15, por sua vez, difere do IPCA apenas no período de coleta e funciona como uma prévia do IPCA.

Como o IPCA 2024 tem evoluído

O Banco Central é responsável por manter a inflação dentro da meta estabelecida anualmente pelo Conselho Monetário Nacional para garantir estabilidade e previsibilidade de preços no Brasil. A meta de inflação estabelecida para 2024 deve se manter entre 1,50% e 4,50%. Espera-se que feche o ano em 4,12%. 

Confira o IPCA 2024 mês a mês:

Mês (2024)Inflação (%)
Janeiro0,42
Fevereiro0,83
Março0,16
Abril0,38
Abril0,46
Junho0,21
Julho0,38
Agosto-0,02
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
ACUMULADO NO ANO4,24

Fonte: IBGE

Histórico da inflação entre 2020 e 2024

Nos últimos anos, o IPCA oscilou, chegando a bater os 10% em 2021. A pandemia da Covid-19, a crise hídrica e o preço dos combustíveis impactaram bastante na inflação no período recente. Confira, a seguir, o IPCA acumulado entre 2020 e 2024.

AnoIPCA Acumulado
20204,52%
202110,06%
20225,79%
20234,62%
20244,24% *até agosto

Fonte: IBGE

A inflação de 2020 foi a maior desde 2016, com o IPCA acumulado de 4,52% acima da meta do Banco Central de 4%, mas ainda dentro do limite tolerado. Em 2021, a inflação subiu ainda mais, atingindo 10,06%, muito acima da meta de 3,75%. 

Em 2022, a inflação caiu para 5,79%, ainda acima da meta do Banco Central. Em 2023, o IPCA ficou em 4,62%, dentro da meta. O aumento da gasolina impactou o grupo de transportes, mas a queda dos preços (deflação) de alimentos, como óleo de soja e carnes, ajudou a conter o índice.

Veja o IPCA 2023 mês a mês e o acumulado do ano.

Fonte: IBGE

IPCA dos últimos 10 anos no Brasil

O gráfico abaixo mostra o comportamento do IPCA, ano a ano, entre 2013 e 2023, de acordo com o IBGE.

O que mais impacta a inflação hoje

Embora as previsões indiquem que a inflação de 2024 deve fechar dentro da meta do Banco Central, os brasileiros sentem o seu efeito no bolso. Em julho, o índice aumentou 0,38%, sendo que os maiores aumentos foram observados nos setores de transportes (1,82%), habitação (0,77%) e artigos de residência (0,48%).

Gasolina e passagens aéreas foram os itens com maior alta, enquanto o grupo de alimentação e bebidas teve deflação de -1%, com destaque para a queda nos preços do tomate (-31,24%), cenoura (-27,43%), cebola (-8,97%) e batata (-7,48%).

Como a inflação pesa no seu bolso

Quando a inflação está alta, o dinheiro perde valor e o custo de vida aumenta, afetando especialmente as pessoas de menor renda, com pouca margem para absorver a alta nos preços. Esse impacto é percebido em quase todos os aspectos do cotidiano, como na hora de abastecer o carro, fazer as compras de supermercado, pagar aluguel ou contas de serviços essenciais. Para reduzir o impacto da inflação em seu bolso, é possível adotar estratégias como: 

  • Compare preços entre lojas, supermercados e postos de gasolina.
  • Prefira o transporte público e planeje trajetos para economizar combustível. 
  • Adapte o cardápio da semana, substituindo alimentos caros por alternativas mais acessíveis e sazonais. 
  • Evite armadilhas do marketing, como a pink tax – taxa extra cobrada para produtos classificados como femininos.
  • Aproveite cupons de descontos, ofertas em aplicativos e cashback.
  •  Pratique a economia doméstica, reduzindo gastos de energia e água e o desperdício de alimentos. Fonte: Meu Bolso em Dia/ Febraban  

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